Virtudes Cardeais
As Virtudes Cardeais são assim chamadas devido ao significado da palavra “cardeal”, que vem de gonzo ou dobradiça. Assim dando a entender que são as virtudes principais, das quais derivam tantas outras.
As Virtudes Cardeais são um número de quatro: a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança.
A prudência é a virtude que dispõe a razão prática a discernir as circunstâncias, escolhendo assim o meio adequado para realizar algum bem (cf. CIC 1806).
A justiça “é a virtude moral que consiste na vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido (cf. CIC 1807).
A prudência é a virtude que dispõe a razão prática a discernir as circunstâncias, escolhendo assim o meio adequado para realizar algum bem (cf. CIC 1806)
A fortaleza “é a virtude moral que dá segurança nas dificuldades, firmeza e constância na procura do bem” (CIC 1808).
A prudência é a virtude que dispõe a razão prática a discernir as circunstâncias, escolhendo assim o meio adequado para realizar algum bem (cf. CIC 1806). Santo Tomás de Aquino ainda vai dizer que a virtude da prudência é a mãe de todas as virtudes, sem a prudência, as demais virtudes poderiam até causar danos ao homem (Suma Teológica, II-II, q. 47, a. 13).
Na Sagrada Escritura, encontramos alguns textos sobre a prudência: “O ingênuo acredita em tudo o que dizem, o homem sagaz discerne seus passos” (Pr 14,15). A Epístola de São Pedro nos apresenta: “Levai, pois, vida de autodomínio e de sobriedade, dedicado à oração” (1Pd 4,7).
Diante do que foi exposto, as virtudes crescem com a educação, pelos atos deliberados, pela perseverança, pela repetição; e não podemos esquecer do auxílio da graça divina que potencializa a sua ação e seus efeitos.
A justiça “é a virtude moral que consiste na vontade constante e firme de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido (cf. CIC 1807). Essa virtude, coloca regra a nossa convivência, tornando possível o bem comum, defende a dignidade humana e está ligada aos direitos humanos. “O homem justo, muitas vezes mencionado nas Escrituras, distingue-se pela correção habitual de seus pensamentos e pela retidão da sua conduta para com o próximo” (CIC 1807).
Vejamos alguns textos bíblicos que relatam a virtude da justiça: “Não cometerás injustiça no julgamento. Não farás acepção de pessoas com relação ao pobre, nem te deixarás levar pela preferência ao grande: segundo a justiça julgarás o teu compatriota” (Lv 19,15). São Paulo também escreve: “Senhores, dai aos vossos servos o justo e equitativo, sabendo que vós tendes um Senhor no céu” (Cl 4,1).
A fortaleza “é a virtude moral que dá segurança nas dificuldades, firmeza e constância na procura do bem” (CIC 1808). Santo Tomás afirma que a virtude da fortaleza, torna o homem pronto para afrontar o perigo e suportar a adversidade, por causa de uma justo bem. A virtude da fortaleza, ainda nos torna capazes de vencer o medo, suportar as provações e perseguições (cf. CIC 1808).
As Sagradas Escrituras nos apresentam os textos seguintes sobre a virtude da fortaleza: “minha força e meu canto é Iahweh, ele foi a minha salvação” (Sl 118,14). O Evangelho de João também nos fala que: “No mundo tereis tribulações, mas tende coragem: eu venci o mundo!” (Jo 16,33).
A temperança “é a virtude moral que modera a atração pelos prazeres e procura o equilíbrio no uso dos bens criados” (CIC 1809). Com essa virtude, o homem pode dominar sua vontade sobre seus instintos e seus desejos não tomam uma proporção indevida. “A pessoa temperante orienta para o bem seus apetites sensíveis, guarda uma santa discrição e ‘não se deixa levar a seguir as paixões do coração’” (CIC 1809).
:: Seja uma pessoa boa
Por fim, a Bíblia vai nos apresentar inúmeros textos sobre a virtude da temperança e sua valiosa necessidade: “Não te deixes levar por tuas paixões e refreia os teus desejos” (Ecl 18,30). E ainda nos orienta como devemos viver: “a viver neste mundo com autodomínio, justiça e piedade” (Tt 2,13).
Diante do que foi exposto, as virtudes crescem com a educação, pelos atos deliberados, pela perseverança, pela repetição; e não podemos esquecer do auxílio da graça divina que potencializa a sua ação e seus efeitos.
Fábio Nunes
Seminarista da Canção Nova
Fontes:
BÍBLIA. Português. Tradução da Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. 2206p.
CATECISMO da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2000.
MORA, Ferrater. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001, tomo IV.
TOMÁS de Aquino. Suma Teológica. São Paulo: Loyola, 2006.